quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Grupo chega a consenso sobre horários de funcionamento de bares na Cidade Baixa

 
Os bares poderão ficar abertos até a 1h de domingo a quinta-feira. Nas sextas, sábados e vésperas de feriados, os estabelecimentos poderão manter suas portas abertas até às 2h | Foto: Cristine Rochol/PMPA
André Carvalho
Ao final da reunião do Grupo de Trabalho que discute o funcionamento dos bares, restaurantes e casas noturna do bairro Cidade Baixa, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (15), ficou definido que os bares poderão ficar abertos até a 1h de domingo a quinta-feira. Nas sextas, sábados e vésperas de feriados, os estabelecimentos poderão manter suas portas abertas até às 2h, assim como as mesas do lado de fora. Os horários definidos na reunião terão tolerância de meia hora.
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- Acordo com moradores deve retomar vida noturna na Cidade Baixa 
Entretanto, apesar de o GT ter chego a um consenso, o decreto ainda será encaminhando para o prefeito José Fortunati para aprovação, que, para o grupo, o projeto deverá ser aprovado logo após o carnaval, já passando a valer a partir de março.
“Acreditamos que o decreto não fique muito tempo na mesa do prefeito. Isso é uma discussão importante que está na pauta da cidade e precisa ser definida o quanto antes”, explicou o secretario Municipal da Produção, Indústria e Comércio (SMIC), Valter Nagelstein.
O secretário explicou ainda que a reunião deveria ser conclusiva, porém, o grupo chegou a definições que alteram questões legais e que abrangem outras áreas da cidade, envolvendo o plano diretor e uma série de órgãos públicos, por isso, será realizada outra reunião, no dia 29 de fevereiro para discutir tais pontos.
“Questões como o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), metragem dos estabelecimentos e a definição exata destes locais, deverão ser revistos, visto que, de acordo com a lei, as casas noturnas devem ter 100m de distância uma da outra. Além disso, atualmente, a lei não difere um restaurante de um bar ou de uma casa noturna. Essas alterações serão discutidas nesta próxima reunião para que cada estabelecimento tenha um alvará individual específico”, disse Valter.

Como a mestra de bateria de Porto Alegre foi ensinar samba aos ingleses

Alexsandra Amaral foi a primeira mulher mestra de bateria em Porto Alegre.
Ritmista levou seu talento para a Arco-Íris, escola de samba de Cambridge.

Header da coluna Sambeabá, de Vinicius Brito no G1 Rio Grande do Sul para o Carnaval 2012 (Foto: Arte/G1)

Alexsandra Amaral mostra o Carnaval do RS em Londres (Foto: Arquivo pessoal)Alexsandra Amaral mostra o Carnaval do
RS em Londres (Foto: Arquivo pessoal)
Não é de hoje que Alexsandra Amaral cruza fronteiras. Há alguns anos, ela atravessou a fronteira do preconceito e se tornou a primeira Mestra de bateria de Porto Alegre. Foi no início dos anos 2000, nos Fidalgos e Aristocratas, escola de samba tradicional de Porto Alegre e que chegou a ser campeã, no Carnaval de 1973.

Hoje, os Fidalgos estão agonizando. Como ficou em último lugar da terceira divisão do samba no ano passado, a escola foi afastada, já que não há um andar abaixo para cair ainda mais. Atualmente, só ensaiam, mas não produzem nem fantasias e alegorias. Por ora, não há lugar para desfilar.

Mas não é pelo momento agonizante de seu berço que Alexsandra iria para o mesmo caminho. Antes disso, passou por outras escolas, como a Imperatriz Leopoldense. Também foi ritmista da incomparável bateria da Restinga, que também foi assunto aqui na coluna Sambeabá .

Pois além da fronteira do preconceito, ela cruzou outras. A última delas após horas de avião e alguns milhares de quilômetros. Atravessou o Atlântico e foi fazer samba na Inglaterra. Mais precisamente na Arco-Íris (www.arcoiris.org.uk), uma espécie de escola de samba fundada no ano de 1993 em Cambridge, cidade inglesa onde está uma das universidades mais importantes e antigas do mundo.

O grupo percorre a Europa fazendo samba e, as vezes, até dançando capoeira. Os ritmistas são ingleses e vão dos 9 aos 70 anos, entre semiprofissionais e amadores que nunca chegaram perto de um instrumento de percussão. Mas não precisa, já que o único pré-requisito é paixão por sons brasileiros e vontade de aprender. E para ensinar que Alexsandra chegou por lá. Graças ao seu talento como percussionista, foi garimpada em um boteco da Cidade Baixa, onde toca cajón para acompanhar cantores e violonistas da noite porto-alegrense.

Alexsandra Amaral mostra o Carnaval do RS em Londres (Foto: Arquivo pessoal)Grupo percorre toda a Europa tocando samba
e jogando capoeira (Foto: Arquivo pessoal)
Em uma noite de setembro, a inglesa Jane Hollingworth apareceu no boteco. Ela é percussionista e baterista e vive acompanhando grupos de jazz. Ao chegar por aqui, logo se encantou pelo samba que ouviu na Cidade Baixa. Nada mais normal, afinal, samba e jazz tem o mesmo DNA. São ritmos nascidos dos toques de tambor. Sons surgidos da pele negra. São sons irmãos. Além disso, Jane ouviu o samba onde um dia foi a colônia africana de Porto Alegre . Com certeza, havia um toque ancestral naquele encontro.

O encantamento não ficou apenas ali. Jane acompanhou o trabalho de Alexsandra em escolas municipais da Ilha dos Marinheiros e da Vila Nazaré. E não foi só assistir, já que a visita virou oficina para as crianças. O idioma? Nem inglês, tampouco português. A linguagem musical foi que permitiu a integração entre mundos tão distantes, mas pouco diferentes.

Da mesma forma foi quando Alexsandra partiu para a Inglaterra, a convite de Jane. Mesmo sem falar inglês, ela comandou oficinas de samba para os ritmistas ingleses. Ainda integrou um grupo de jazz e, como se estivesse por aqui, fez música na noite.

Ela já voltou, mas tem convite para outra temporada na Europa. Vontade de ir, é claro que tem, mas por aqui há a esperança de voltar a comandar uma bateria de escola de samba. Você duvida dela? Eu não.
* Vinicius Brito , colunista do G1 RS, é jornalista e apaixonado por samba e Carnaval. Desde 2008, é compositor de sambas-enredos.

Homofóbica de carteirinha


Dilma Rousseff veta anúncio
gay do Ministério da Saúde
Uma homofóbica de carteirinha é a presidente do Brasil! A propaganda de tevê destinada a gays realizada dentro da campanha de carnaval  do Ministério da Saúde foi vetada pela Presidência da República.
A intervenção acontece seis dias depois de a campanha ter sido divulgada pelo órgão. A exibição da propaganda voltada a homossexuais jovens, foco principal da ação, só ocorrerá se a cena de carícia entre os dois atores do comercial for retirada. As determinações vieram da Presidência da República e cumprem orientação da presidente Dilma Vana Rousseff.

De acordo com a Agência O Globo, o vídeo estava em exibição no site do Ministério da Saúde, mas já foi retirado. Na peça publicitária, dois rapazes são apresentados numa boate, trocam carícias e uma fada aparece com um preservativo.
Então vejam o currículo da nobre presidente: veto ao kit contra a homofobia, veto à propaganda gay! O que fazer quando temos uma inimiga na Presidência da República
Veja abaixo o comercial antes do corte!

?http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=dhlUv9_80V8

Ativista gay é espancado e roubado no centro de Porto Alegre
Comentários 9 

Guilherme Balza
Do UOL, em São Paulo
A Polícia Civil está investigando a agressão a um ativista homossexual que foi espancado e roubado na noite do último domingo (5) em Porto Alegre. O caso aconteceu na rua Sarmento Leite, região central da capital gaúcha, pouco antes de 0h.
A vítima, o universitário William Santos, 20, caminhava pela rua, em direção a um ponto de ônibus, quando foi abordado por dois homens. Segundo o estudante, um dos agressores lhe dirigiu uma ofensa homofóbica e, em seguida, o imobilizou. O outro agressor, então, começou a dor socos no rosto da vítima, que acabou caindo.
  • Reprodução Montagem mostra o ativista gay Willian Santos, 20, durante manifestação no Fórum Social Tematico, no final de janeiro, e após a agressão sofrida no último dia 5, em Porto Alegre
No chão, sem chances de se defender, Santos levou chutes pelo corpo e no rosto. Na sequência, lembra Santos, os agressores levaram a mochila e seu par de tênis. O universitário acredita que foi agredido por ser gay e que o roubo de seus pertences seja apenas consequência da agressão.
“Antes de tudo fui agredido verbalmente. Não é um roubo qualquer. Se a motivação fosse me roubar, teriam levado o meu celular, que era o objeto de maior valor que estava comigo”, afirma.
Santos afirma que ficou semiconsciente por alguns minutos. Em seguida, ligou para um amigo que o levou de carro até o pronto-socorro. A vítima teve quatro dentes quebrados, levou pontos no rosto e ficou com vários hematomas.
A polícia diz que é cedo para dizer que houve homofobia e trabalha com a hipótese de roubo seguido de agressão. “Tudo é possível. Não existe roubo que as pessoas não xinguem e não batam. Ainda é muito prematuro definirmos o caso como agressão homofóbica. O local do crime é escuro, há muitos roubos naquela área”, afirmou Jardim.
Santos registrou boletim de ocorrência no setor de pronto-atendimento da polícia um dia depois da agressão. A polícia já levantou suspeitos e aguarda a presença da vítima no DP para reconhecer por foto os possíveis agressores. O delegado afirmou ainda que Santos terá de fazer exame de corpo de delito no Departamento Médico Legal (DML).
A polícia foi até o local do crime e conversou com testemunhas. Nenhuma das câmeras instaladas ao longo da via registrou a ocorrência.

“Está ficando corriqueiro”

A vítima atuou por dois anos na ONG Somos, que defende a causa LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Atualmente, Santos estuda relações internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ele conta que amanhã vai retornar à Natal.
“Não posso parar minha vida por isso, mas também não posso deixar passar em branco. É um fato doloroso, mas estou tendo apoio”, desabafa.
Santos não acredita que os agressores vão ser localizados. “Tenho a convicção de que eles não vão ser encontrados. Esse tipo de agressão sempre fica impune”, afirma.
“Entramos em 2012 já com muitos casos de homofobia. Está ficando corriqueiro. E há muitos casos que não são denunciados. Eu acredito na minha causa e sei que posso ir adiante. Não quero vitimizar a minha pessoa, mas sim dar ênfase ao caso para que isso não aconteça mais em qualquer parte do Brasil”, diz.

O medo do hétero diante do gay | Carta Capital#.TzprwtDACHQ.facebook#.TzprwtDACHQ.facebook#.TzprwtDACHQ.facebook

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