sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Entrevista Sul 21 com professora transexual.

“Só pude assumir quando fui reconhecida profissionalmente”, diz professora transexual

Rachel Duarte

"No segundo ano na escola houve a transformação. Ela nos comunicou e a comunidade escolar se organizou” | Ramiro Furquim/Sul21

Após viver 35 anos como homem, Marina Reidel assumiu sua verdadeira identidade. “Eu sempre brinquei de boneca com as meninas. Quando criança,  imaginava para mim um futuro como professora, professorA”, relata a transexual que hoje leciona em duas escolas da rede pública estadual do Rio Grande do Sul. Há cinco anos Marina convive normalmente com os alunos da mesma escola onde um dia foi o professor Mário, sendo plenamemente aceita pela comunidade escolar. Em sala de aula, ela ensina adolescentes sobre valores, ética e cidadania em disciplina alternativa ao Ensino Religioso, facultativa no ensino fundamental público.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

STJ autoriza casamento civil entre mulheres do Rio Grande do Sul e abre precedente

Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
Pela primeira vez, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que um casal homossexual poderá realizar um casamento civil. Por maioria, a 4ª Turma do STJ deu parecer favorável a Kátia Ozório e Letícia Perez, do Rio Grande do Sul. Apesar da decisão só valer para este caso, cria-se um precedente na Justiça, que poderá servir de base para outros juízes em novas ações com a mesma finalidade.

domingo, 2 de outubro de 2011

Sexo, política e poder

Por Franklin Cunha
A gente não nasce mulher, se torna mulher
Simone de Beauvoir
Sexo é uma condição biológica, gênero uma condição psicossocial
Judith Butler
A categoria do sexo é a categoria política que funda a sociedade heterossexual
Monique Wittig
No livro Quarteto de Alexandria de Lawrence Durrel, um personagem do romance afirma que não existem apenas dois sexos, mas, no mínimo mais de cinco. Pensando nessa afirmação é que nos propomos fazer algumas reflexões sobre o tema. Seres humanos não são apenas macho e fêmea, enquadrados numa classificação zoológica, como a que elaborou o naturalista sueco Carolus Linnaeus. Os sujeitos homem e mulher, não se restringem à condição do macho ou fêmea, mas ultrapassam esses limites por serem muito mais complexos e imprevisíveis em seu comportamento. Na realidade, são construções bio-sócio-culturais, modeladas por regras e códigos simbólicos e rígidos.

Contra o Preconceito

Contra o preconceito, mães de filhos gays “saem do armário”


"Não precisamos ter vergonha", diz Marisa, mãe de Alexandre | Foto: Arquivo pessoal
Rachel Duarte
“Ele veio ao mundo para me ensinar”, diz Marisa Figueiró, 66 anos, viúva e mãe de Alexandre Boer, 47, homossexual. Ciente da orientação sexual de Alexandre há 32 anos, ela já partilhou com o filho alegrias, conquistas, dores, dificuldade financeiras e outros fatores comuns à vida de qualquer ser humano. Mas, o que ela não admite, é ter que conviver com o preconceito da sociedade. “Temos que aceitar os nossos filhos, não importa a sexualidade deles. Temos que aceitá-los, pois não são criminosos. São pessoas do bem com opções sexuais diferentes, mas que trabalham e lutam na vida. Não precisamos ter vergonha”, afirma.